segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sobre coexistir e outras coisas

Desde algum tempo, passei a sentir a necessidade de rever os conceitos de tudo;  percepção de mundos diferentes para alguns é meio que um choque, e a gente acaba percebendo que tudo o que aprendemos não é exatamente o que sempre pensamos ser. 
No caminho que tenho percorrido, por exemplo, percebi que palavras como indivíduo, sociedade, individualidade, cultura, natureza... enfim, uma imensidão de palavras têm significados situacionais. Aprendi que tudo na vida é tão mais relativo do que pensei antes. Pode parecer demagogia ou hipocrisia, mas com isso, aprendi principalmente a ser mais tolerante. Hoje em dia, me sinto uma pessoa melhor, mesmo que em alguns momentos, porém, pareça menos crédula. Não sei, estamos em uma época de transformações, de intensa fluidez, e sinto que cada vez mais temos de aprender a coexistir. Temos de tentar parar de impor rótulos, por exemplo.
Confesso que acredito em certas doutrinas espiritualistas que enfatizam que o ser humano pode evoluir moralmente; mas acho isso um pouco dificil de acontecer, basta ver os noticiários e etc. Impossível conceber certos atos de algumas pessoas. Fico pensando: como é que pode eu ser classificada no mesmo grupo social ou biológico, sei lá, de uma pessoa dessas? Como alguém pode ser tão baixo a ponto de fazer mal a uma criança recém nascida? Quem foi que disse que existe instinto materno? E quando a gente vai tentar ajudar alguém, podemos estar ajudando nosso futuro assassino... putz, que mundo é esse no qual a gente vive? 

Me revolto, porque existem pessoas que tem mais oportunidades que as outras, e geralmente são as que menos aproveitam. Onde está a justiça? O que é justiça?
Se eu parar pra tentar entender as coisas erradas que se passam ao meu redor, sou capaz de surtar! Não dá! Desistir também é algo impensável. Então, o que fazer? 

Continuo a dizer: amar! Amar pressupõe tanta coisa boa, e inclui a necessidade da coexistência.

Temos de aprender a coexistir: já seria um longo passo andado.

Um comentário:

  1. Oi Mah!
    Vamos pensar um pouquinho:
    Esqueçamos os noticiários policiais de todos os meios de comunicação. Feche os olhos e pense em quantas tragédias vc ficou sabendo sem ser através deles, depois aproveite e tente ver quantas pessoas você conhece, incluindo família, amizades, trabalho, ou as que vc apenas ouviu falar e viu passar por vc hoje, esforçe-se um pouco e pense na população da tua cidade, vá mais longe e some a elas a população do teu estado, depois a do Brasil e por fim a população do mundo. É um número razoável de pessoas, bilhões. Destas pessoas todas quantas são decentes e quantas são pessoas capazes de fazerem um mal capaz de nos chocar. Te garanto que a grande maioria se classificam na primeira alternativa, mesmo que elas tenham cada uma os seus defeitos, ninguém é perfeito. O restante, ou seja, a minoria, são pessoas das quais podemos esperar, capazes de fazer barbáries e por serem assim, incomodam a maioria. E por que isso acontece entre nós? Primeiro, se vc é espiritualista, reconhece os resgates. Segundo, elas estão aqui para aprenderem e nós somos os reponsáveis para ministrar-lhes os ensinamentos de coexistência. Se não aprendem é por que existe o livre-arbítrio, mas assumem as consequencias do que fizeram. Plante bem ou plante mal, a colheita é na medida exata!
    Mas apesar disso, não quer dizer que nós saibamos coexistir, por que ainda há o egoismo entre nós e cada um de nós é egoista da sua maneira. Ou seja, nós também temos muito que aprender, por isso estamos aqui!
    Não vivemos em um mundo de mal, mas num mundo onde existe o mal. Mas estamos evoluindo muito rápido, a alguns anos atrás fizemos de burro de carga, gente como nós, por que tinham a pele negra. Em outros tempos, uma simples desavença era questão para duelos e o melhor atirador, o melhor esgrimista ficava vivo. Já usamos a forca, a guilhotina, o machado e a fogueira para punir e hoje uma minoria faz isso no mundo.
    Chegará o dia que estas barbaries todas serão amputdas do nosso mundo! A evolução é incontestável!

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"Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente correta, racional, cheia de moralismo: Esqueça-me!
Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: Acolha-me!"