Outra vez, me peguei não seguindo meus passos cegos; ando devagar então tentando ouvi-los nitidamente. Fui tentando sentir o chão, tentando sentir meus sentimentos, mas só pra não me esquecer de que eu tenho um coração que pode sorrir e chorar por mim mesma. Porque a mim, me importa ser eu. Meu ser, me ser. Eu. Toda eu me interesso mais do que eu mesma sei. Mas ser eu me custa caro, e mais ainda me sentir. Sentir livremente, sentir meu eu. O que sinto? Algo abstrato, porém palpável. Puramente sentimentos, porque alguém me disse que:
Eles podem lhe trazer uma imensa felicidade...
Assim como podem lhe tornar infeliz...
Podem passar despercebidos...
Ou tocar o fundo de sua alma...
Podem ser momentâneos...
Ou talvez, duradouros...
Porém, não deixam de ser sentimentos...
Enquanto sentimentos são...
É, é isso: bons ou ruins, eu tenho de aceitá-los porque eles são meus. Tenho de aceitar que me perco quando me acho, e se me acho, é engano, posto que é medo. Tenho medo do infinito, porque diante de mim, ele é um grande ser que eu sei que me abarca e que me ameaça com sua onipresença. Mas as palavras me limitam. E eu nem sei o que dizer. Mas sei o que sentir. Ou não. E lá vem o infinito outra vez.
Obs.: o trecho citado foi um presente; uma demonstração do quanto nos enganamos com os sentimentos dos outros. Obrigada pela inspiração, eu precisava disso.
c Marcelle Silva b
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